terça-feira, 12 de abril de 2011

Mundo Animal - Premiado

Oi gente! Pra quem não sabe eu tive a honra de participar do IV Festival de esquetes de São João da Barra que ocorreu entre os dias 21 e 25 de março. De lá trouxe dois prêmios: O de melhor ator e o de melhor esquete pelo Júri popular. Presentão esse. E que venham outros! Seguem as fotos:






terça-feira, 5 de abril de 2011

CRUZ DO MENINO

Há muito tempo,  lá pelas bandas de São Joaquim, distrito de Cardoso Moreira  nasceu um lindo  bebê. Todas as pessoas   da região  ficaram alegres com a chegada dele.

Ele cresceu  e se transformou  num menino muito esperto, estudioso e muito, mas muito trabalhador.
Sua casa  era feita  de pau  à  pique, ou seja,  era construída  de barro  e bambu amarrado com cipó . No  canto da cozinha  tinha  um fogão à lenha, onde a mãe  cozinhava  para a família.
Perto de sua casa  tinha uma mata fechada ou bem arborizada.Havia muitos animais nesta mata: onça, cachorro do mato,paca, tatu, cobra cascavel, surucucu, irara, raposa, macacos, jaguatirica e o terrível  cachorro selvagem, que é pior que o cachorro  do mato. Isso  sem falar nos outros seres que  rondam a  imaginação  das pessoas: o saci pererê, o curupira, caipora  e o bode selvagem.
O menino  era obrigado pelos seus pais a ir sempre buscar lenha lá perto daquela mata. Um  dia ao entardecer, seus pais o obrigaram  mais uma vez a ir buscar lenha. Com medo de a noite chegar e ainda estar na mata relutou em ir. No tempo da ignorância  os pais nem ligavam para os medos dos filhos e ele teve que ir assim mesmo.
Logo que ele  chegou na mata piou o juriti, avisando aos bichos que tinha gente chegando. E o inhambú alertou a irara e o gato do mato.
Não sabemos  exatamente o que  aconteceu,  só sabemos que   ele foi e nunca mais voltou.
Após dias  e dias  de busca  encontraram deitado sobre o tronco de uma árvore , apenas seu esqueleto.
E partir daí, todos os que entravam naquela mata ouviam choros e  lamentações.
Os moradores  daquela região  não agüentavam mais aquela triste  situação e ficavam se perguntando  o que poderiam  fazer para acabar  com toda aquela tristeza.
Até que  um dia  eles decidiram  colocar  uma cruz  no local onde o  esqueleto  foi encontrado, e  só assim deixaram  de ouvir as lamentações e choros por ali.
Já passados muitos anos  a cruz ainda continua por lá, no meio do campo, já que a mata não existe mais.
Agora, lá  é uma vila rural chamada CRUZ DO MENINO  tem uma igrejinha e butequim  que fica em São Joaquim e assim a nossa história chega ao fim.

Obs.: A localidade de Cruz de Menino fica em São Joaquim, segundo distrito do município de Cardoso Moreira/RJ.

história narrada pela professora e contadora de histórias Dalva Lúcia da cidade de Cardoso Moreira

domingo, 3 de abril de 2011

Quinta Viagem - Ilhéus - BA



José Delmo - contador de histórias da Casa de Jorge Amado
A história de Ilhéus em 12 minutos. 

Oficina de contação para jovens e adultos



Oficina de contação - apresentação de história pelos alunos


Jocélia Kaffer - "Era uma vez uma a menina que gosta de gente..."

Encontro com a contadora local Jocélia Kaffer

Doce gente grapiúna*
Doce como o cacau,
Doce como o cupuaçú,
Doce como o cajá,
Doce como a cocadinha recheada.
As memórias estão nos seus olhos.
As palavras transbordam das suas bocas - todas verdadeiras:
- Cuidado com a caipora! Ela trança crina de cavalo branco.
- Peça licença menino, se quiser entrar na mata!
- Cuidado com a mula! Olha o homem do saco!
E a mulher de Sete Metros,
Que diabo é isso?
E por falar no danado, como não crer nele, (mais do que no divino)
Se tem tanta gente crescida cum um cramulhãozinho de estimação.
- Me ajude aqui Paulo! Procure aqui! Perdi meu capetinha.
De minha parte só vi lagosta e siri em garrafa de cachaça,
Mas também vi Dona Maricota
Nos ólhos de José Delmo
(E todas as suas rugas
Tantas quantas a sua idade,
Tantas quantas as histórias que sabe contar,
Tantas quantas as estrelas do firmamento).
E vi ancestrais benzedeiras
Nos olhos de Jocélia
(eterna menina que gosta mais de gente do que de chocolate).
E vi também outra menina
Nos olhos de um menino.
Ela perdera seu anel de ouro.
Ele a buscar seu tesouro.
E eu - menino também -
Comi mais uma cocadinha
E lembrei da infância de um dia.
A doce idade das maravilhas!

*ave de cor preta ou azul escuro que vive a beira d´água. É como se chama o povo do sul da Bahia.

Quarta Viagem - Cardoso Moreira


Meu emblemático grito visceral.

Turminha maravilhos essa de Cardoso.

Um rio cruza a cidade
Às vezes a devora.
Um Cristinho a abençoa
Às vezes só olha.
E passa uma bibicleta,
Passa carroça,
Passa carro.
E eu passo também.
Passo a passo.
29-3-11

Encontro com a professora contadora Dalva Lúcia.

Terceira Viagem - Campos dos Goytacazes


Oficina de contação para jovens e adultos

A primeira oficina.
Alguns educadores,
Músicos, artistas-plásticos, evangelizadores.
E uma maioria quase muda de jovens atores.
Tímidos, introspectivos, ostras.
Como eu ontem também.
Como eu hoje.
Como Nanini e todos os artistas do mundo.

Encontro com a contadora de histórias Iara Souza Lima, do Grupo Faz de Conta