quarta-feira, 2 de novembro de 2011

AGENDA DE NOVEMBRO

Dia 6   - ÁFRICAS - Projeto Paixão de Ler - Praça dos Cavalinhos, Tijuca às 11h.
Dia 13 - O BRASIL DE TUHÚ - Jardim Botânico às 10h e Cidade das Crianças, Santa Cruz às 14h.
Dia 15 - O BRASIL DE TUHÚ - Museu Villa Lobos, Rua Sorocaba, Botafogo às 15h.
Dia 20 - ÍNDIA - IMIGRANTES - Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB - Educativo, 1. andar) às 17h
Dia 26 - ÍNDIA - IMIGRANTES - Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB - Educativo, 1. andar) às 17h

"O CHAPÉU DO GABRIEL - livro de viagem"

Na quarta-feira, dia 26 de outubro realizei no SESC Campos a AÇÃO CULTURAL com contação de histórias, bate-papo e tarde de autógrafos do meu novo livro "O Chapéu do gabriel - livro de viagem", resultado final das viagens que fiz esse ano pela Bolsa Funarte de Circulação Literária. O livro destina-se as escolas, bibliotecas e centros culturais das cidades visitadas.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ESTAÇÃO PENSAMENTO E ARTE - 22 DE OUTUBRO

LIVRO ABERTO - II FESTA LITERÁRIA DA EDEM - 22 de Outubro

15h30m Contação de Histórias com a Emabrinq


CONTOS INDÍGENAS + CONTOS AUTORAIS
Com a venda dos meus livros:
O Palhaço do Nariz Azul
Lino - o morcego que tinha medo do escuro
Toninho Passarinho
Local: Tenda da Emabrinq (pátio externo).


http://festaliterariadaedem2011.blogspot.com/

BIENAL DO LIVRO - 10 e 11 de Setembro

Terceira Bienal que participei. Foi bom contar assim sem amplificador e microfone e para grupos pequenos.

Só no gogó.

Cantando e contando...

E fazendo umas dedicatórias nos meus livros que estavam sendo vendidos no estande do León Denis

domingo, 31 de julho de 2011

OITAVA VIAGEM - ITALVA

ENCERRAMENTO DA CIRCULAÇÃO LITERÁRIA EM ITALVA
ITA - PEDRA
ALVA - BRANCA
o nome da cidade é uma referência as reservas de mármore encontradas sob o solo.  

A oficina de contação de histórias para jovens e adultos

Encontro com o contador local Sr. Antonio Carlos - o Poeta
"Eu não quero outra vida
Pescando no rio de Jereré
Tenho peixe bom
Tem siri patola
Que dá com o pé..."

E mais Jongo, Asa Branca e até o Rappa. Uma homenagem ao priminho do Poeta, o Marcelo Falcão.

Um poeta e sua sanfona
Botam riso na boca de criança
Crianças que já foram um dia.
Cronista de sua terra,
Folião de origem,
Historiador e mestre do saber.
Desempregado de profissão.

O que vale mais neste mundo?
A alva pedra nobre de suas entranhas
Ou a negra pele pobre de suas heranças?

30-7-11

sexta-feira, 22 de julho de 2011

sexta-feira, 15 de julho de 2011

AGENDA DE JULHO

Oi gente! Segue minha agenda desse mês:

  • 16/7 (11h) - Contos Budistas - Livraria Argumento (Shopping Rio Designer - Barra)
  • 17/7 (11h) - Contos Budistas - Livraria Argumento (Leblon)
  • 18/7           - O Chapéu do Gabriel - contação de histórias, encontros e oficinas - Italva (RJ)
  • 19/7          - O Chapéu do Gabriel - contação de histórias, encontros e oficinas - Italva (RJ)
  • 23/7 (14h) - Interiores - histórias do bicho homem - Festival de Contadores de Histórias do CCBB
  • 27/7 (14h) - Zé Macaco - contos brasileiros - Biblioteca do SESC Madureira
  • 30/7 (16h) - Contos Tradicionais brasileiros -  Biblioteca do SESC Madureira
Espero vocês! A- braços!


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sétima Viagem - Conceição de Macabú - 4 e 5 de junho

Lendas indígenas em Conceição de Macabú
Ah, êh, êh, êh!
Ah, êh, êh, êh!
Moitará! Moitará!


Encontro com os contadores locais - Seu Everaldo (mais conhecido como Iaiado e Dona Luzia.
 

Com a palavra a prefeita Lídia que também contou uns causos.


Mundo Animal - contação para adultos
"Dizem que eu cuspo sangue e que logo morrerei. Não, não! São borboletas vermelhas!"



Desço na antiga estação.
Vejo uma praça,
Uma igreja
E também um casarão.
Morros ao redor...

- Paro, olho, escuto.
 E vou além!

Na memória
Desse povo
(ou seria imaginação?)
Subo o morro da mijada,
Com cuidado pra não escorregar.
Visito a cachoeira amorosa.
Evito, contudo, um mergulho.
Ali a crença é maior do que explosivos.

Da garapa não chego perto,
Muito mais a meia noite.
Mas por sorte ela só existe agora
Nos sonhos de todos (ou melhor dizer pesadelos?)

Coitado do Cibidinho,
Que ignorou a recomendação,
Do estouro da bicicleta
Quase morre do coração.

E a alimentar a crença
Estava a prefeita menina,
Com suas áboboras e mamãos
virados em caveira,
Seus lençois brancos,
Suas tranças de alho,
A estopa e a querosene
A espera do susto que vinha fácil
Ajudado pelo rico imaginário.

  E imaginando eu parto saudoso.
Retorno a estação e pego meu "trem azul"
Levando na minha bagagem
As trovas gaiatas de Iaiada,
Os sabores acolhedores de Dona Lucinha,
A compania de Érica, 
As recordações e conselhos de Dona Luzia, mestra de todos,
E os sorrisos, os carinhos, os corações dessa gente verdadeiramente hospitaleira.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

FLIST - Parque das Ruínas - Santa Tereza - 14 de maio

"O ìndio, o céu e as estrelas" - avental de histórias da Emabrinq

Muito bom poder participar desse evento. Fiquei muito feliz com a parceria com a Cláudia da Emabrinq que faz uns materiais maravilhosos de madeira e tecido.

"Sou pataxó, sou xavante, cariri, ianomami, sou tupi, guaraní, sou carajá..."

"Moitará" com tapete de histórias da Emabrinq.

Sexta Viagem - São Francisco de Itabapoana - 7 e 8 de maio

Oficina de contação de histórias com professoras

Quantas ignorâncias cabem num homem? (contação à partir do livro "30 Fábulas Contemporâneas para crianças"de Sérgio Caparelli. 

Esse meu chapéu é mesmo mágico.


Os moinhos de vento ou os gigantes segundo D. Quixote.





Por de trás de olhos claros
Um mar de poesia.

Por de trás dos fios brancos
Experiência, sabedoria.

Dos lábios brotam histórias
De sua gente esquecida.

E no peito ainda vigora
Sua infância vivida.

Pena do povo!
Renega o passado pelo novo.

Sua memória desbota,
Sua identidade se esgota,
E ele dia à dia mais invísivel.
Não fosse o poeta o que seria?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

São Francisco de Itabapoana e Flist


Acabei de chegar em São Francisco de Itabapoana para mais uma jornada de "O Chapéu do Gabriel" com histórias, encontros e oficinas. Na semana que vem estou em Santa Tereza contando histórias na Flist (Feira Literária de Santa Tereza) na tenda da Emabrinq. Apareçam!


terça-feira, 12 de abril de 2011

Mundo Animal - Premiado

Oi gente! Pra quem não sabe eu tive a honra de participar do IV Festival de esquetes de São João da Barra que ocorreu entre os dias 21 e 25 de março. De lá trouxe dois prêmios: O de melhor ator e o de melhor esquete pelo Júri popular. Presentão esse. E que venham outros! Seguem as fotos:






terça-feira, 5 de abril de 2011

CRUZ DO MENINO

Há muito tempo,  lá pelas bandas de São Joaquim, distrito de Cardoso Moreira  nasceu um lindo  bebê. Todas as pessoas   da região  ficaram alegres com a chegada dele.

Ele cresceu  e se transformou  num menino muito esperto, estudioso e muito, mas muito trabalhador.
Sua casa  era feita  de pau  à  pique, ou seja,  era construída  de barro  e bambu amarrado com cipó . No  canto da cozinha  tinha  um fogão à lenha, onde a mãe  cozinhava  para a família.
Perto de sua casa  tinha uma mata fechada ou bem arborizada.Havia muitos animais nesta mata: onça, cachorro do mato,paca, tatu, cobra cascavel, surucucu, irara, raposa, macacos, jaguatirica e o terrível  cachorro selvagem, que é pior que o cachorro  do mato. Isso  sem falar nos outros seres que  rondam a  imaginação  das pessoas: o saci pererê, o curupira, caipora  e o bode selvagem.
O menino  era obrigado pelos seus pais a ir sempre buscar lenha lá perto daquela mata. Um  dia ao entardecer, seus pais o obrigaram  mais uma vez a ir buscar lenha. Com medo de a noite chegar e ainda estar na mata relutou em ir. No tempo da ignorância  os pais nem ligavam para os medos dos filhos e ele teve que ir assim mesmo.
Logo que ele  chegou na mata piou o juriti, avisando aos bichos que tinha gente chegando. E o inhambú alertou a irara e o gato do mato.
Não sabemos  exatamente o que  aconteceu,  só sabemos que   ele foi e nunca mais voltou.
Após dias  e dias  de busca  encontraram deitado sobre o tronco de uma árvore , apenas seu esqueleto.
E partir daí, todos os que entravam naquela mata ouviam choros e  lamentações.
Os moradores  daquela região  não agüentavam mais aquela triste  situação e ficavam se perguntando  o que poderiam  fazer para acabar  com toda aquela tristeza.
Até que  um dia  eles decidiram  colocar  uma cruz  no local onde o  esqueleto  foi encontrado, e  só assim deixaram  de ouvir as lamentações e choros por ali.
Já passados muitos anos  a cruz ainda continua por lá, no meio do campo, já que a mata não existe mais.
Agora, lá  é uma vila rural chamada CRUZ DO MENINO  tem uma igrejinha e butequim  que fica em São Joaquim e assim a nossa história chega ao fim.

Obs.: A localidade de Cruz de Menino fica em São Joaquim, segundo distrito do município de Cardoso Moreira/RJ.

história narrada pela professora e contadora de histórias Dalva Lúcia da cidade de Cardoso Moreira

domingo, 3 de abril de 2011

Quinta Viagem - Ilhéus - BA



José Delmo - contador de histórias da Casa de Jorge Amado
A história de Ilhéus em 12 minutos. 

Oficina de contação para jovens e adultos



Oficina de contação - apresentação de história pelos alunos


Jocélia Kaffer - "Era uma vez uma a menina que gosta de gente..."

Encontro com a contadora local Jocélia Kaffer

Doce gente grapiúna*
Doce como o cacau,
Doce como o cupuaçú,
Doce como o cajá,
Doce como a cocadinha recheada.
As memórias estão nos seus olhos.
As palavras transbordam das suas bocas - todas verdadeiras:
- Cuidado com a caipora! Ela trança crina de cavalo branco.
- Peça licença menino, se quiser entrar na mata!
- Cuidado com a mula! Olha o homem do saco!
E a mulher de Sete Metros,
Que diabo é isso?
E por falar no danado, como não crer nele, (mais do que no divino)
Se tem tanta gente crescida cum um cramulhãozinho de estimação.
- Me ajude aqui Paulo! Procure aqui! Perdi meu capetinha.
De minha parte só vi lagosta e siri em garrafa de cachaça,
Mas também vi Dona Maricota
Nos ólhos de José Delmo
(E todas as suas rugas
Tantas quantas a sua idade,
Tantas quantas as histórias que sabe contar,
Tantas quantas as estrelas do firmamento).
E vi ancestrais benzedeiras
Nos olhos de Jocélia
(eterna menina que gosta mais de gente do que de chocolate).
E vi também outra menina
Nos olhos de um menino.
Ela perdera seu anel de ouro.
Ele a buscar seu tesouro.
E eu - menino também -
Comi mais uma cocadinha
E lembrei da infância de um dia.
A doce idade das maravilhas!

*ave de cor preta ou azul escuro que vive a beira d´água. É como se chama o povo do sul da Bahia.

Quarta Viagem - Cardoso Moreira


Meu emblemático grito visceral.

Turminha maravilhos essa de Cardoso.

Um rio cruza a cidade
Às vezes a devora.
Um Cristinho a abençoa
Às vezes só olha.
E passa uma bibicleta,
Passa carroça,
Passa carro.
E eu passo também.
Passo a passo.
29-3-11

Encontro com a professora contadora Dalva Lúcia.